segunda-feira, 31 de março de 2014

Biologia- Distribuição de Matéria

5.1. O transporte nas Plantas

As plantas, enquanto seres pluricelulares complexos, necessitam de transportar substâncias minerais até as folhas, para garantir a síntese de compostos orgânicos que aí ocorre, no entanto, esses compostos terão de ser distribuídos a todas a células, de forma a poderem ser utilizados.
Existem plantas mais simples (plantas avasculares ou briófitas)que não possuem estruturas especializadas no transporte de substancias, mas, nas plantas mais evoluídas (plantas vasculares ou traqueófitas) ocorre num sistema de vasos que se estende desde a raiz, passa pelos caules e chega até às folhas denomina-se xilema e nele movimenta-se a seiva bruta ou xilémica. Existe também outro sistema de vasos chamado floema, que se estende desde as folhas até aos restantes órgãos da planta, transportando a seiva elaborada ou floémica.


As plantas angiospérmicas podem se separar em 2 grupos (monocotilédones e as dicotilédones):




Xilema ou Lenho
O xilema está especializado na translocação de água e de sais minerais (seiva bruta). Na maioria das plantas, este tecido é constituído por quatro tipos de células:

  • Os elementos condutores, que podem ser tracóides e elementos de vasos:
    • Os tracóides são células mortas que formam tubos e que permitem a passagem de água e de sais minerais;
    • Os elementos de vasos resultam de células mortas e que conferem rigidez ao xilema;
  • As fibras lenhosas, que são constituídas por células mortas e que desempenham funções de suporte;
  • O parênquima lenhoso é um tecido formado por células vivas que desempenha importantes atividades metabólicas (fotossíntese, etc.). Estas células são as únicas células vivas do xilema e desempenham funções, essencialmente, de reserva.


Floema ou Liber
O floema está especializado na translocação de água e substâncias orgânicas (seiva elaborada), sendo formado, tal como o xilema, por quatro tipos de células:

  • As células dos tubos crivosos, que são células muito especializadas. Estas células possuem uma placa crivosa com uma série de orifícios.
  • As células de companhia que se situam junto das células de tubo crivoso e são células vivas.
  • As fibras, celulas mortas que desempenham funções de suporte.
  • O parênquima, que é formado por células vivas, pouco diferenciadas e que tem funções de reserva.


Nas plantas os vasos condutores assumem forma de:


Informação das imagens:
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http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/images/0/05/xilemaaaa.jpg






 Biologia-Obtenção de matéria pelos seres autotróficos

Para que o processo de autotrofia ocorra, estes seres utilizam energia luminosa – seres fotoautotróficos – ou energia resultante de reações de oxidação-redução de determinados compostos químicos – seres quimioautotróficos.

4.1. Fotossíntese

A fotossíntese é um processo complexo que envolve a utilização da energia luminosa na produção de substâncias orgânicas a partir de CO2 e H2O , com a libertação de O2 , realizado pelas cianobactérias, pelas algas e pelas plantas. Pode, por isso, dizer-se que estes seres convertem a energia luminosa em energia química.
De uma forma genérica, pode equacionar-se a fotossíntese da seguinte maneira:

6CO2+12H2O -----» C6H12O6+6O2+6H2O


A fotossíntese reveste-se de uma grande importância para os seres vivos porque:

  • Produz substâncias orgânicas a partir de substâncias inorgânicas;
  • Transporta a energia luminosa em energia química, que fica armazenada nos compostos orgânicos sintetizados;
  • Produz o oxigénio, gás essencial para a sobrevivência da maioria dos seres vivos.
  • Os principais pigmentos fotossintéticos presentes nas plantas e nas algas são as clorofilas. Através da análise do espectro de absorção dos diferentes pigmentos, constata-se que as clorofilas a e b possuem picos de absorção que se situam nas zonas azul-violeta e vermelho-alaranjado do espectro de luz visível. Por essa razão, plantas sujeitas experimentalmente a luz com diferentes comprimentos de onda apresentam diferentes taxas fotossintéticas.

Quando os pigmentos fotossintéticos absorvem luz, os seus electrões passam para níveis de energia superiores. Os electrões excitados podem, seguidamente, regressar ao nível energético inicial – estado fundamental – libertando energia sob a forma de calor ou de luz, sendo este último caso designado fluorescência.

Atualmente, que as clorofilas e os outros pigmentos fotossintéticos estão dispersos na bicamada fosfolipídica da membrana interna dos seus cloroplastos.

Durante as décadas de 40 e 50, foram realizadas experiências que contribuíram para esclarecer as etapas envolvidas no processo fotossintético. Essas experiências permitiram verificar que a fotossíntese compreendia duas fases:

  • Uma fase em que as reações dependem da luz – fase fotoquímica.
  • Uma fase não dependente diretamente da luz – fase química.

Fase Fotoquímica


Nesta fase, também designada por fase dependente da luz, a energia luminosa, captada pelos pigmentos fotossintéticos, é convertida em energia química, que vai ser utilizada na fase seguinte. Nesta etapa ocorrem:

  • Fotólise da água – desdobramento da molécula de água em hidrogénio e oxigénio na presença da luz:
H2O---» 2 H+ + 2e- + 1/2 O2

O oxigénio é libertado e os hidrogénios cedem os seus electrões, que vão ser captados pela clorofila quando oxidada. Por esta razão, a água é considerada o dador primário de electrões.

  • Oxidação da clorofila – a clorofila, quando excitada pela luz, perde electrões, ficando oxidada. Esses electrões vão ser transferidos ao longo de uma cadeia de moléculas transportadoras de electrões até serem captados por um transportador de electrões, que fica reduzido.
  •  Fotofosforilação – ao longo da cadeia transportadora de electrões ocorrem reações de oxidação-redução com libertação de energia. Essa energia é utilizada na fosforilação do ADP em ATP num processo chamado fotofosforilação.

Fase Química

Nesta fase, também designada por fase não dependente da luz, ocorre a redução do CO2 e a síntese de compostos orgânicos num ciclo de reacções conhecido como ciclo de Calvin. Este compreende, basicamente, as seguintes etapas:

  • Fixação do CO2 ;
  • Produção de compostos orgânicos;
  • Regeneração da ribulose difosfato (RuDP).
  • De uma forma mais particular:
  • O ciclo de Calvin tem início com a combinação do C com uma pentose, isto é, um glícido formado por cinco átomos de carbono – ribulose difosfato (RuDP) – originado um composto intermédio instável, com 6 carbonos;
  • Este composto origina, imediatamente, duas moléculas com três átomos de carbono – ácido fosfoglicérico (PGA);
  • As moléculas de PGA são fosforiladas pelo ATP e posteriormente reduzidas pelo NADPH, provenientes da fase fotoquímica, formando aldeído fosfoglicérico (PGAL);
  • Por cada doze moléculas de PGAL formadas, dez são utilizadas para regenerar a RuDP e duas são utilizadas para sintetizar compostos orgânicos;
  • Para se formar uma molécula de glicose, é necessário que o ciclo se realize seis vezes, gastando-se seis moléculas de C , dezoito moléculas de ATP (três por cada ciclo) e doze moléculas de NADPH (duas por cada ciclo).

Durante a fase não dependente directamente da luz (reacções químicas), verifica-se:


  •  A incorporação do Co2 ;
  • A utilização da energia química contida no ATP e poder redutor do NADPH para formar compostos orgânicos.






4.2. Quimiossíntese

A quimiossíntese é um processo de síntese de compostos orgânicos que utiliza, tal como a fotossíntese, o dióxido de carbono como fonte de carbono, mas, em vez da energia solar, usa a energia proveniente da oxidação de substâncias inorgânicas, como a amónia, os nitritos, o enxofre e o ferro. Só algumas bactérias conseguem realizar este processo, como por exemplo, as bactérias nitrificantes, as bactérias sulfurosas, etc.

Na quimiossíntese, tal como na fotossíntese, é possível distinguir duas fases:


  •  Produção de moléculas de ATP e redução de um transportador (NADPH) – da oxidação de compostos minerais (por exemplo, ) libertam-se electrões (e ) e protões ( ) que vão ser transportados ao longo de uma cadeia, ocorrendo a fosforilação de ADP em ATP e a redução do transportador (NAD em NADPH).
  • Fixação de dióxido de carbono – esta fase corresponde à fase química da fotossíntese, ocorrendo também aqui um ciclo idêntico ao de Calvin, onde intervêm as moléculas de ATP e de NADPH produzidas na fase anterior. Neste ciclo verifica-se a fixação do dióxido de carbono, que é reduzido, permitindo a formação de substâncias orgânicas.


A fotossíntese e a quimiossíntese diferem basicamente em dois aspectos:


  • Na fonte de energia utilizada – energia solar (fotossíntese) e energia resultante da oxidação de compostos minerais (quimiossíntese);
  • Na fonte de protões ( H+) e electrões ( e-) – molécula de água (fotossíntese) e oxidação de compostos minerais (quimiossíntese).



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domingo, 30 de março de 2014

Biologia- Obtenção de Matéria 

3.1. Estrutura da Membrana Plasmática 

O modelo de estrutura da membrana, proposto por Singer e Nicholson, é o atualmente mais aceite. O modelo de mosaico fluido é unitário pois aplica-se a todas as membranas existentes nas células. De acordo com ele, a membrana é constituída por:
· Bicamada fosfolipídica, com as extremidades hidrofílicas das moléculas a formarem a face interna e externa e as hidrofóbicas a ocuparem o interior;
· Proteínas que, de acordo a sua posição na bicamada, são designadas por proteínas intrínsecas, inseridas na dupla camada, e proteínas extrínsecas, situadas na superfície interna e externa;
· Colesterol, situado entre as moléculas de fosfolípidos da bicamada; tem um papel estabilizador da membrana, pois evita que os fosfolípidos se agreguem, mantendo a sua fluidez;
· Glicolípidos e glicoproteínas, localizados na superfície externa da bicamada. Estas moléculas desempenham um papel importante no reconhecimento de certas substâncias pela célula.



O modelo de mosaico fluido é assim chamado devido ao facto de admitir que a membrana não é uma estrutura rígida, existindo movimentos das moléculas que a constituem, dotando-a, assim, de grande fluidez. Verifica-se que as moléculas fosfolipídicas têm grande mobilidade lateral, trocando de posição com outras que se encontrem na mesma camada. Ocasionalmente, podem ocorrer movimentos transversais de fosfolípidos de uma camada para a outra.





3.2. Movimentos Transmembranares 
3.2.1. Osmose 

O movimento de água através da membrana citoplasmática designa-se osmose.
A osmose é o movimento de moléculas de água de um meio menos concentrado (meio hipotónico e com menor pressão osmótica) para um meio mais concentrado (meio hipertónico e com maior pressão osmótica). Quando os meios possuem igual concentração (isotónicos), estabelece-se uma situação de equilíbrio em que o fluxo de água que entre nas células é igual ao fluxo de saída.
Na sequência dos movimentos osmóticos, a célula pode:
· Perder água, diminuindo assim o seu volume celular.
Nessa situação, a célula diz-se plasmolisada ou no estado de plasmólise.
· Ganhar água, aumentando assim o seu volume celular e aumentando a pressão sobre a membrana/parede celular (pressão de turgescência). Neste caso, a célula diz-se túrgida ou no estado de turgescência.

No caso das células animais, a turgescência pode conduzir, em situação-limite, à ruptura da membrana celular (lise celular). Isto não acontece nas células vegetais pois possuem uma parede celular rígida.
Este processo não gasta energia. Diz-se, por isso, que é um transporte passivo.


3.2.2. Difusão Simples 
O movimento de outras substâncias através da membrana celular designa-se difusão simples. Neste processo de transporte, as moléculas de um soluto (C , ureia, etc.) deslocam-se do meio de maior concentração para o meio de menor concentração (a favor do gradiente de concentração). A velocidade de movimentação de soluto é directamente proporcional à diferença de concentração entre os dois meios. Neste processo não há gasto de energia – transporte passivo.



3.2.3. Difusão Facilitada 
A difusão facilitada deve-se à existência de proteínas transportadoras na membrana, que promovem a passagem de moléculas. As proteínas são específicas para cada tipo de substância e denominam-se permeases. Neste processo de movimentação de solutos, as moléculas deslocam-se do meio de maior concentração para o meio de menor concentração (a favor do gradiente de concentração) com intervenção das permeases.
A velocidade de transporte da substância:
· Aumenta com a concentração de soluto;
· Mantém-se quando todos os locais de ligação das permeases estão ocupados (saturação), mesmo que a concentração aumente – velocidade máxima.

Não há gasto de energia – transporte passivo.


3.2.4. Transporte Activo 
Apesar dos processos de transporte passivo de substâncias através da membrana celular, a célula também pode manter várias substâncias no seu interior, em concentrações muito diferentes das do meio. Esta manutenção implica gasto de energia. Essa energia é utilizada para o movimento de substâncias contra um gradiente de concentração, através de proteínas transportadoras, num processo designado transporte activo.
Então, as moléculas de um soluto (Na+, K+) deslocam-se de um meio de maior concentração para um meio de menor concentração (contra o gradiente de concentração) com intervenção de proteínas transportadoras – as ATPases.
Este processo mantém um gradiente de concentração entre os meios intracelular e extracelular e implica gasto de energia (ATP).




3.3. Transporte de Partículas – Endocitose e Exocitose 
Por vezes as substâncias que a célula precisa no seu interior são demasiado grandes para passarem através da membrana citoplasmática. O transporte deste tipo de material para o interior da célula por invaginação da membrana celular chama-se endocitose. Existem vários tipos de endocitose, como a fagocitose, a pinocitose e a endocitose mediada por receptores.
Na fagocitose, a célula emite prolongamentos citoplasmáticos, os pseudópodes, que envolvem partículas de grandes dimensões ou mesmo células inteiras, acabando por formar uma vesícula que se destaca para o interior do citoplasma.
Na pinocitose, a membrana celular, por invaginação, engloba fluido extracelular contendo ou não pequenas partículas. Esta invaginação evolui para a formação de pequenas vesículas endocíticas.


Na exocitose, a célula liberta para o meio extracelular produtos resultantes da digestão intracelular ou moléculas sintetizadas no seu interior, tais como produtos de metabolismo celular, certas secreções (hormonas e enzimas) e proteínas estruturais (colagénio). Neste processo as vesículas de secreção convergem para a membrana, fundem-se com ela e libertam o seu conteúdo no meio extracelular.




3.4. Digestão Intracelular 
A digestão intracelular ocorre no interior das células, através da acção de enzimas contidas em vacúolos digestivos. As proteínas enzimáticas sintetizadas nos ribossomas no retículo são transportadas até ao complexo de Golgi de duas formas: deslocam-se através dos canais do retículo endoplasmático até ao complexo de Golgi ou são armazenadas em vesículas que se destacam do retículo e que se fundem com o complexo de Golgi. No interior do complexo de Golgi, as proteínas enzimáticas, tais como outras que aí são processadas, sofrem maturação, o que as torna funcionais, acabando por ser transferidas para vesículas designadas lisossomas.
A digestão intracelular ocorre no interior de vacúolos digestivos, que resultam da fusão dos lisossomas com vesículas endocíticas ou com vesículas originadas no interior do citoplasma. Por acção das enzimas digestivas, as moléculas complexas existentes no interior dos vacúolos digestivos são desdobradas em moléculas mais simples. Os resíduos resultantes da digestão são eliminados para o meio extracelular por exocitose.



3.5. Ingestão, Digestão e Absorção 
O processamento dos alimentos até que estes possam fornecer os seus constituintes para que sejam utilizados pelas células engloba a ingestão, a digestão e a absorção:
· A ingestão consiste na entrada dos alimentos para o organismo;
· A digestão é o conjunto de processos que permite a transformação de moléculas complexas dos alimentos em moléculas mais simples;
· A absorção consiste na passagem dos nutrientes resultantes da digestão para o meio interno.

A hidra e a planária possuem tubos digestivos incompletos, isto é, com uma só abertura, designada cavidade gastrovascular. Nestes casos, a digestão inicia-se na cavidade gastrovascular – digestão extracelular – onde são lançadas enzimas que actuam sobre os alimentos e os transformam em partículas simples.
As partículas parcialmente digeridas são depois fagocitadas por células que continuam a digestão dentro de vacúolos digestivos – digestão intracelular – ocorrendo a difusão das moléculas simples para as restantes células do organismo.
Alguns mecanismos adaptativos são a presença da faringe que permite à planária captar os animais de que se alimenta e a maior área de digestão e de absorção da planária resultante da ramificação da cavidade gastrovascular, que permite uma distribuição eficaz dos nutrientes por todas as células.




A minhoca e o Homem possuem um tubo digestivo completo, isto é, com duas aberturas – a boca, por onde entram os alimentos e o ânus que é por onde eles saem.
Na minhoca, o alimento entra pela boca, passa pela faringe, pelo esófago e deste para o papo, onde é acumulado e humidificado. De seguida, passa para a moela, onde é triturado com a ajuda de grãos de areia. O alimento fraccionado por digestão mecânica segue para o intestino, onde:
· Sofre a acção de enzimas que completam a digestão;
· Ocorre a absorção de substâncias mais simples.

Os resíduos alimentares são eliminados pelo ânus.
No tudo digestivo do Homem, bem como em todos os vertebrados, cada uma das áreas é especializada numa etapa particular do processo digestivo, realizando-se a maior parte deste no estômago e no intestino delgado.
· Na boca, por acção dos dentes e da saliva, inicia-se a digestão mecânica e química;
· No estômago e no intestino delgado são produzidas enzimas específicas, ocorrendo também aqui a digestão mecânica e química;
· No intestino delgado são lançados ao mesmo tempo o suco pancreático e a bílis, provenientes, respectivamente, do pâncreas e do fígado (glândulas anexas).
· No intestino delgado, após terminar a digestão, inicia-se a absorção, facilitada pela existência de projecções ricamente vascularizadas da superfície intestinal que aumentam significativamente a área da superfície de absorção. Por difusão ou transporte activo, os diferentes nutrientes atravessam as membranas das células da parede intestinal e dos capilares sanguíneos ou linfáticos.
· O material não absorvido passa para o intestino grosso, onde ocorre absorção de água antes da sua eliminação pelo ânus.

As características de um tubo digestivo completo são o maior e mais eficaz aproveitamento dos alimentos, dado que estes se deslocam num único sentido, permitindo uma digestão e uma absorção sequenciais ao longo do tubo, a existência de vários órgãos, onde pode ocorrer digestão por acção mecânica e química (enzimas digestivas), a maior capacidade de absorção, uma vez que esta pode ocorrer em diferentes zonas do tubo, a eficiente eliminação através do ânus, dos resíduos alimentares não absorvidos e a possibilidade de armazenamento de maior quantidade de alimento
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domingo, 2 de março de 2014

Componentes celulares - Estrutura e função

Membrana plasmática- Invólucro que mantém a integridade celular, sendo responsável pela troca de substâncias entre o meio intracelular e o meio extracelular.






Núcleo- É o maior organelo celular e encontra-se delimitado por uma membrana com poros. O núcleo controla a atividade celular.





Mitocôndrias- Organelos que possuem duas membranas, uma externa e outra interna. Esta ultima pode apresentar invaginações para o interior. As mitocôndrias estão envolvidas em processos de obtenção de energia por parte da célula.


Cloroplastos- Organelos que possuem uma membrana dupla, onde se encontram pigmentos envolvidos na fotossíntese ( um processo de síntese de matéria orgânica, que ocorre nas células dos produtores).







Vacúolos- Organelos de tamanho variável, rodeados por uma membrana. Os vacúolos podem armazenar no seu interior gases, pigmentos, açúcares, proteínas ou outras substâncias.





Parede celular- Parede rígida que envolve as células vegetais e bacterianas, conferindo-lhes proteção e suporte.




Centríolos- Estrutura de aspeto cilíndrico, constituída por microtúbbulos. Os centríolos intervêm na divisão celular.









Retículo endoplasmático- Sistema de sácuolos, vesículas e canalículos, envolvido na síntese de proteínas, lípidos e hormonas.Também intervêm no transporte de proteínas e outras substâncias.


Complexo de Golgi - Conjunto de cisternas achatadas e de vesículas, que intervêm em fenómenos de secreção.




Lisossomas-Estruturas esféricas, rodeadas por uma membrana simples, que contêm no seu interior enzimas, que intervêm na decomposição de moléculas e estruturas celulares.




Ribossomas- Pequenas estruturas, constituídas por duas porções (grande subunidade e pequena subunidade), por vezes associadas ao retículo endoplasmático. São fundamentais para a síntese de proteínas.


Citosqueleto - Rede de fibras intercruzadas, existente no citoplasma. O citosqueleto mantém a forma da célula.









Constituintes básicos

   Todas as células de todos os seres vivos são biologicamente construídas a partir de moléculas orgânicas de grandes dimensões, as macromoléculas. Os esqueletos estruturais destes grandes edifícios moleculares são constituídos por carbono. Ao carbono associa-se o hidrogénio, o oxigénio e o azoto. Estes quatro elementos formam milhares de combinações e, em muito menor escala, podem integrar outros elemento químicos existentes na Natureza.

  As macromoléculas correspondem a polímeros, cadeias formadas por unidades estruturais mais simples, os monómeros. Quando dois monómeros se ligam, é libertada uma molécula de água e ocorre uma reação de condensação; quando a ligação entre dois monómeros é rompida, uma molécula de água é gasta e ocorre uma reação de hidrólise.

   Para além da sua importância estrutural, destas macromoléculas depende uma multiplicidade de funções, naturalmente associadas à existência e à manutenção da vida, como sejam funções energéticas, enzimáticas e de armazenamento e transferência da informação.

A água e os sais minerais, a par das moléculas orgânicas, também são imprescindíveis na constituição química e no funcionamento das estruturas vivas:

  • Constituintes inorgânicos ou minerais - água e sais minerais    
- Água - é o composto mais abundante nas células, podendo atingir 75% a 90% da sua massa. Intervém em numerosas reações químicas vitais e é um solvente universal, capaz de dissolver grande número de compostos orgânicos e inorgânicos. Esta  facilidade em estabelecer ligações com outras moléculas resulta da polaridade das moléculas da água. Sem água, o organismo não poderia transportar nutrientes ou produtos de excreção nem regular as condições do meio interno.



- Sais Minerais - sais da cálcio, de fósforo, de ferro, de magnésio, de sódio, de potássio, de zinco, de flúor, ou de iodo, entre outros, desempenham importantes funções estruturais e reguladoras.


  • Constituintes orgânicos - hidratos de carbono (glícidos), lípidos e ácidos nucleicos.
- Hidratos de carbono - os glícidos são compostos ternários de carbono, hidrogénio e oxigénio. As suas unidades estruturais designam-se por monossacarídeos (como a glicose, a frutose ou a ribose), que podem polimerizar em polissacarídeos (como a celulose, o amido ou o glicogénio). Alguns glícidos, os dissacarídeos, são formados por dois monómeros (é o caso da sacarose, da lactose e da maltose). A união entre dois monossacarídeos designa-se por ligação glicosídica. Os hidratos de carbono têm, principalmente, funções energéticas ou estruturais.




Se mais um monossacarídeos ligar por este processo, forma-se um trissacarídeo e assim sucessivamente. Dá-se o nome de oligossacarídeos às moléculas constituídas por 2 a 10 monossacarídeos unidos entre si. Se este número for superior, as moléculas denominam-se polissacarídeos.


-Prótidos - são compostos quaternários de carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto. As suas unidades estruturais são os aminoácidos que, ligando-se entre si por ligações peptídicas, formam cadeias de tamanho variável, os péptidos e as proteínas. As proteínas são macromoléculas complexas, constituídas por uma ou mais cadeias polipetídicas, com uma estrutura tridimensional que pode ser organizada a vários níveis. As proteínas desempenham funções muito diversificadas a nível estrutural, enzimático, de transporte, motor, hormonal, imunológico, etc.




Por cada ligação peptídica que se estabelece, forma-se uma molécula de água :





Os péptidos formados por dois aminoácidos denominam-se dipéptidos, os que são formados por três, tripéptidos, e assim sucessivamente. As cadeias peptídicas podem contem mais de cem aminoácidos. As que contém entre dois e vinte aminoácidos designam-se oligopéptidos e as que ultrapassam esse número chamam-se polipéptidos.

As proteínas são macromoléculas constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas e apresentam uma estrutura tridimensional definida. Estas moléculas apresentam vários níveis de organização.

Níveis de organização dos prótidos :




Funções - Proteínas -  Localização    
    
Função Enzimática - Pepsina - Suco Gástrico
Função Estrutural -  Queratina - Cabelo, unhas, garras
Função de Defesa - Anticorpos - Plasma, tecidos e secreções
Função de Transporte - Hemoglobina - Sangue
Função Reguladora - Insulina - Pâncreas
Função Contrátil - Miosina - Tecido muscular

-Lípidos - são compostos ternários de carbono, hidrogénio e oxigénio, mas podem integrar azoto, fósforo ou outros elementos. São insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos. É um grupo de macromoléculas muito heterogéneo. Ácidos gordos e glicerol são unidades estruturais comuns na arquitetura molecular dos lípidos, unidos por ligações éster. Os triglicerídeos são um grupo de lípidos com funções de reserva; já os fosfolípidos, com função estrutural, são os constituintes mais abundantes das membranas celulares. Além destas funções, os lípidos têm muitas outras, como sejam as funções energética, protetora ou hormonal.






- Ácidos nucleicos - são polímeros de nucleótidos, as suas unidades estruturais. Um nucleótido, para além de uma pentose e de um grupo fosfato, integra uma base azotada. O DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma macromolécula com estrutura em dupla hélice; o RNA (ácido robonucleico) apresenta, geralmente, uma cadeiasimples. A função dos ácidos nucleicos consiste no armazenamento e na transferência da informação genética e no controlo da atividade celular.

Bases azotadas :



Estrutura do DNA:




Estrutura do RNA:



Pentoses presentes no DNA  e no RNA :




Comparação entre as estruturas do DNA e do RNA :



Bibliografia :

https://www.google.pt/search?q=hidratos+de+carbono+liga%C3%A7%C3%A3o+glicosidica&rlz=1C1WLXB_enPT566PT567&espv=210&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=DooTU7vOBIzb7AbAv4CYBA&ved=0CAkQ_AUoAQ&biw=1280&bih=923#q=compostos+organicos+e+inorganicos+porto+editora&spell=1&tbm=isch&imgdii=_ ->Imagens

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Caderno e livro (parte textual)